Essa parte "explicativa" desse post talvez devesse ficar no outro blog onde faço reflexões sobre a docência... Mas, vou colocar aqui mesmo, porque 1 - não quero publicar o mesmo texto nos dois lugares, e não quero fazer uma reflexão real sobre essa atividade, que ainda não terminou, então vou deixar para publicar sobre isso lá, depois de segunda feira; 2 - estou com preguiça de abrir o outro post para publicar apenas essa parte "explicativa" e 3 - porque como esse é um conto, o lugar dele é aqui, pois logo serei uma grande escritora (eu acho). Então, sem mais "lenga lengas" segue o conto.
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George Segal - Woman on a bench |
Ana trabalha
atendendo às pessoas. Ela é muito simpática, está sempre sorrindo e gosta do
que faz. Ela começa seus dias com um caprichado café da manhã, caminha até a loja
onde passa o dia trabalhando e sai antes do sol se por. Perto do seu
trabalho, há um parque lindo e florido, onde Ana almoça quase todos os dias.
Nessa quarta-feira, logo após jogar migalhas de pão aos peixes dourados que
nadavam no lago do parque, a vendedora descansou num banco que ficava no
centro do bosque. Estava tão distraída, que nem percebeu uma mulher, que poderia
ser uma médica, pois usava um jaleco branco, passar por ali, deixar uma mala exatamente ao lado do banco onde Ana sonhava acordada, e sair correndo.
Nos minutos
seguintes, a vendedora só teve tempo de ver que a médica já corria longe, com seus escuros cabelos e jaleco esvoaçantes. Ela achou essa cena estranha, mas
isso fez com que percebesse que já estava descansando há muito tempo. Então resolveu
voltar à loja. Assim que
levantou, viu no chão a mala. Ficou pensando, por alguns minutos, se deveria
olhar o que tinha dentro. Teve vontade de abrir, mas achou melhor não o fazer. “E
se for uma bomba?”, ela pensou. Sem coragem, voltou ao seu trabalho, como se
nada tivesse acontecido. Durante todo o resto
do dia, Ana ficou com a cabeça naquela mala preta. Seu pensamento nela foi crescendo
até quase virar uma obsessão. Se arrependeu de não a ter pegado para si, e então
decidiu, que se até sexta-feira ela ainda estivesse no mesmo lugar, a vendedora iria
descobrir o que a mala estaria guardando.
Na quinta-feira, a mulher voltou ao parque, mas ficou pouco tempo, porque a primeira coisa que viu foi a mala, ao lado do banco. Parecia que ninguém havia visto ou passado por ela ainda, ninguém, exceto Ana, se importava com aquele objeto que parecia estar esperando ser aberto por ela. A curiosidade consumia a vendedora que, naquele momento, já estava mais preocupada que sorridente.
Na quinta-feira, a mulher voltou ao parque, mas ficou pouco tempo, porque a primeira coisa que viu foi a mala, ao lado do banco. Parecia que ninguém havia visto ou passado por ela ainda, ninguém, exceto Ana, se importava com aquele objeto que parecia estar esperando ser aberto por ela. A curiosidade consumia a vendedora que, naquele momento, já estava mais preocupada que sorridente.
No outro dia ela
acordou mais tranquila e até mesmo feliz, porque se a mala ainda estivesse no
parque ela, finalmente, acabaria com a preocupação e curiosidade que a estavam dominando. Mais uma vez, levantou e tomou um café, ainda mais forte que de
costume. Foi ao trabalho e esperou paciente pelo horário do almoço. Antes de chegar
perto do banco, Ana já viu a mala e ficou um pouco ansiosa. Ela não imaginava
mais que tivesse algo perigoso dentro, mas durante o trajeto inteiro ficou pensando no
que haveria naquela mala. Então ela sentou-se naquele mesmo banco de dois dias atrás, o mesmo banco onde ela sempre se senta para almoçar e olhar o lago, enquanto espera o tempo passar, antes de voltar ao trabalho, ela esticou o braço ao lado do corpo, naturalmente,
como se fora ela mesma que deixara ali aquela mala. Colocou-a no colo, da mesma
maneira que faria com qualquer bolsa sua, e a abriu, sem cerimônias. Descobriu que dentro da mala tinha a
foto de um menino tocando flauta, algumas peças de roupas e, no meio, uma flauta
igual à da foto.
Ana não entendeu
o que eram aqueles objetos, então tirou tudo da mala, para buscar alguma
explicação. Quando a abriu bem, à luz da tarde, viu uma etiqueta onde se lia: “Esta
é uma mala poderosa. Coloque aqui o que você já não quer lembrar, deixe-a em
algum lugar e saia, corra para longe e nunca mais olhe para trás”.
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E o seu dia, como está indo?