Que me quedes tu, y me quedes tu abraço, y el béso que inventa a cada dia

Há um tempo atrás escrevi um texto - iria escrever textículo, mas aí que né, a cacofonia não compensa. "aumentar a logo nunca recompensa" - repetição, a banda mais repetitiva da cidade, nem sei porque lembrei disso.
{comecei a ver o jogo, me emocionei com a saída do Ronaldo - nem sei porque, nunca gostei muito dele - torci pro Galvão ter dor de garganta e parar de fazer comentários dispensáveis, fiquei indignada que o Ronaldo não fez um gol no seu último jogo, com 3 chances na caaaaaara do gol, fui buscar minha mãe no trabalho e esqueci do blog, voltando.}

Eu escrevi, como ia dizendo, um texto sobre a música do Teatro Mágico, olha aí:

O QUE SE PERDE NUM PISCAR DE OLHOS

Bruna Bechlin Queiroz Lopes

‘O que se perde quando os olhos piscam’ é uma música do Teatro Mágico, um grupo de artistas que fazem de poemas, música e poesia, carregam suas apresentações de arte. Como o vocalista diz ‘é uma desculpa para pessoas raras se encontrarem’

O mundo está tão dinâmico, tão rápido, e tudo acontece em nanossegundos. Eles viviam muito bem, estavam sempre juntos, faziam felizes um ao outro.

Até que um dia de temperatura agradável, fazia aquele friozinho do início de maio (aqui no sul) que permite um filme encoberto e tapetes de folhas secas lá fora, ela se dá conta que aquilo não é suficiente.

Num piscar de olhos, perde-se o carinho, o amor, a amizade. Perde-se a vontade e o todo. 

Vivem suas vidas, transformam-se, encontram outras pessoas, se encontram.

No futuro, dedicando-se aos seus afazeres diários, rotineiros ou não, cada um se lembra do passado. Voltam os pensamentos, um a um, a seu tempo, do antigo relacionamento. Num segundo perderam o respeito, a verdade que conheciam, o conforto. Mas, não deixaram de perder, num piscar de olhos, a coragem de mudar, desacomodar, não perderam a vida que tinham planejado antes de se conhecerem e que era impossível ter estando juntos.

Deixaram de perder o amor, carinho, a amizade, vontade e o todo. Deixaram de perder a verdade dos seus agoras. Num piscar de olhos, deixaram.

Hoje eu estava lendo alguns quintanares e ele também tem uns versos escritos sobre:

Objetos Perdidos

Os guarda-chuvas perdidos.. aonde vão parar Os guarda-chuvas perdidos? E os botões que se desprenderam? E as pastas de papéis, os estojos de pince-nez, as maletas esquecidas nas gares, as dentaduras postiças, os pacotes de compras, os lenços com pequenas economias, aonde vão parar todos esses objetos heteróclitos e tristes? Não sabes? Vão parar nos anéis de Saturno, são eles que formam, eternamente girando, os estranhos anéis desse planeta misterioso e amigo.
- Mario Quintana in “Sapato Florido”

Ele sabe onde vão parar esses objetos, será que os sentimentos vão pro mesmo lugar? Isso seria um plágio, ou uma coincidência? Só queria compartilhar esse lindo poema. Eu amo as poesias do Mário Quintana, por isso vou deixar um link de várias poesias dele aqui: Blog Poetriz.
Ah, "descobri", olha só, que não sou a única que escreve uma "Carta ao leitor" como título de post.  E agora eu perdi mil anos procurando meu blog do blig (que eu escrevia com a mirian, e não tenho mais) mas, só nesse momento lembrei que o post com título de 'carta ao leitor' estava no my space, e eu apaguei o blog e não copiei os textos. Agora eu queria eles denovo. Agora é tarde. - E é mesmo, vou dormir, boa noite gente linda.