Hoje faz 10 dias que estou vivendo na república das Marias do Loureiro. Já consegui meu cartão de cidadão e vou me inscrever pra conseguir uma bolsa da universidade.
Aos poucos vamos organizando as coisas aqui na república, porque talvez vamos fazer um centenário (centenário é como são chamadas as festas de aniversário das repúblicas, que a cada dez anos fazem 'milenários') e também por que é melhor viver num lugar mais organizado e bonito.
É muito legal viver numa república, todas as decisões sao feitas em votação, e só é decidido se todas aceitarem. Somos tipo uma família, o que às vezes não é tão legal, porque pra mim sempre sinto que alguém tem mais respeito e mais poder de decisão que as outras pessoas... e isso não é legal.
É engraçado que dividimos tudo, comida, roupas, produtos de limpeza, e banho e tudo. Falamos sobre todas as coisas e arrumamos as coisas junto, na maioria das vezes, porque é muito chato arrumar sujeiras sozinho... De tanto que passamos por experiências iguais juntas, ontem chegou ao cúmulo de tudo (já): A Requelinda é única que trabalha fora, nas urgências do TCHUK (haha) e ontem, enquanto ela trabalhava, nós ficamos arrumando o "quarto dos trabalhos" e resolvemos tirar os cactos que faziam parteda decoração da varanda. Foi uma das maiores aventuras domésticas que já participei... porque com uma placa, tivemos que quebrar os cactos em pedaços, e jogá-los para fora pela varanda... Nessa vontade, durante essas tentativas, mesmo cuidando, mesmo olhando onde pegávamos, onde colocávamos nossas mãos, uma ou outra vez não percebemos um espinho escondido e PIMBA! lá se vai o dedo bem no espinho, AAAAAH! gritou uma. AIIIIIIH!! gritou outra e AAAAAAAIH! gritei a última. Todas com partes do corpo com pontinhas de sangue. Ao fim de tudo, conseguimos nos livrar desses cactos horríveis e temíveis!!
Já tinham esquecido da Requelinda né? Pois, quando eu dormia ela chegou... Já era passado das 9h, mas era domingo, e domingo não temos hora pra acordar. E ela me conta que demorou um pouco mais porque enquanto estávamos nos espetando com o cactus ela se espetou com uma agulha do hospital, e depois teve que ser espetada outra e outra vez, pra fazer seus exames e coisas...
Preferia que ninguém fosse espetada, mas foi interessante a experiência de "juntos na alegria e na tristeza" ou mesmo no "mexeu com uma mexeu com todas!" hahahahahahahaaha
A parte mais legal do dia, acontece a noite, porque cozinhamos praticamente juntas, quase sempre, e as vezes vem os meninos do solar da rua de cima, que tem como nome o número do prédio, e cozinhamos juntos. É até uma boa cena!
O mais legal de tudo nessa casa é que somos todas feministas, apesar de todos acharem que somos feminazis, lésbicas e putas, o que também é legal, porque aí podemos ser misândricas também, o que é sempre legal! Acho até que vou falar pra elas pra fazermos uma campanha:
É isso, pips. Lembrem-se que a luta contra opressão deve ser diária! :) Força querida!
Aos poucos vamos organizando as coisas aqui na república, porque talvez vamos fazer um centenário (centenário é como são chamadas as festas de aniversário das repúblicas, que a cada dez anos fazem 'milenários') e também por que é melhor viver num lugar mais organizado e bonito.
É muito legal viver numa república, todas as decisões sao feitas em votação, e só é decidido se todas aceitarem. Somos tipo uma família, o que às vezes não é tão legal, porque pra mim sempre sinto que alguém tem mais respeito e mais poder de decisão que as outras pessoas... e isso não é legal.
É engraçado que dividimos tudo, comida, roupas, produtos de limpeza, e banho e tudo. Falamos sobre todas as coisas e arrumamos as coisas junto, na maioria das vezes, porque é muito chato arrumar sujeiras sozinho... De tanto que passamos por experiências iguais juntas, ontem chegou ao cúmulo de tudo (já): A Requelinda é única que trabalha fora, nas urgências do TCHUK (haha) e ontem, enquanto ela trabalhava, nós ficamos arrumando o "quarto dos trabalhos" e resolvemos tirar os cactos que faziam parte
Já tinham esquecido da Requelinda né? Pois, quando eu dormia ela chegou... Já era passado das 9h, mas era domingo, e domingo não temos hora pra acordar. E ela me conta que demorou um pouco mais porque enquanto estávamos nos espetando com o cactus ela se espetou com uma agulha do hospital, e depois teve que ser espetada outra e outra vez, pra fazer seus exames e coisas...
Preferia que ninguém fosse espetada, mas foi interessante a experiência de "juntos na alegria e na tristeza" ou mesmo no "mexeu com uma mexeu com todas!" hahahahahahahaaha
A parte mais legal do dia, acontece a noite, porque cozinhamos praticamente juntas, quase sempre, e as vezes vem os meninos do solar da rua de cima, que tem como nome o número do prédio, e cozinhamos juntos. É até uma boa cena!
O mais legal de tudo nessa casa é que somos todas feministas, apesar de todos acharem que somos feminazis, lésbicas e putas, o que também é legal, porque aí podemos ser misândricas também, o que é sempre legal! Acho até que vou falar pra elas pra fazermos uma campanha:
"E aí, já praticou sua misandria diária hoje? Não perca mais tempo, junte-se a sua amiga mais próxima e deixe seu dia mais divertido. ¡Que lindo és un dia con la misandria!"
É isso, pips. Lembrem-se que a luta contra opressão deve ser diária! :) Força querida!
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E o seu dia, como está indo?