Depois de eu ter chegado na praia da Pedreira fui procurar um hostel pra ficar, porque a cidade era muito estranha. Não tinha nem rodoviária, mas, havia um posto de informações turísticas (ah, desse ponto não dá pra reclamar do Uruguay - das partes turísticas, pelomenos - nem de Buenos Aires) e lá três rapazes. Fui perguntar se eles conheciam algum outro hostel, porque em todos os que eu havia ido estavam cheios, sem vagas. Um deles se dispos a procurar um lugar comigo e, depois que não encontramos lugar nenhum, ele pediu se poderia ficar comigo durante o dia. Passeamos na praia, andamos pelas pedras, fomos no mar... e, quase ao meio dia ele me roubou. Resumindo, ele me roubou (não gostei do povo do Uruguai a segunda vista). Foi terrível, mas passou. Fui a praia de Cabo Polônio de carona, com um casal super legal, passamos o dia na praia, vendo os lobos marinhos, e na volta eu peguei um ônibus em direção a Chuí.
Dia 9-
Lá eu cheguei a 1am. Tinha que voltar a aduana para fazer a saída do Uruguai. Encontrei uma galera super legal, que me acolheram, perguntaram se eu queria dormir e tomar banho na sua casa, ficaram comigo todo o dia, fizeram comida pra mim... Umas pessoas super legais! O que me deixou chocada foi o homem da casa, que sempre dizia pra mim "viajou por tantos lugares, parou agora na casa de um pobre!" Eram, realmente, uns pobres coitados... Mas, eram de uma riqueza de espírito, de bondade e todas as boas qualidades desse mundo, que me fazia doer o peito deixá-los ali tão abandonados...
A tarde fui até a próxima cidade de ônibus, Santa Vitória de Algumacoisa (ou algo assim). Não tinha mais ônibus pra nenhum outro lugar.. Fiquei até a noite pedindo carona (queria ir pra Florianópolis) mas, ninguém parava! Uma pessoa passou mais devagar só pra mulher do cara gritar "Vai pagar um ônibus!!". Orra, pra quê ser assim? Tipo, não quer dar carona, beleza, não precisa ofender! Eu me senti ofendida! Mas, daquele fim de mundo não saía ônibus pra lugar nenhum! O que eu poderia fazer??
Começou a chover, e eu na rua. Perto de onde eu estava, havia uma casa com a luz acesa e a televisão ligada. Chamei, ninguém atendeu. Pensei: "vou ficar por aqui mesmo, aqui, na calçada, pelomenos me protejo da chuva! E se alguém chegar, espero que não briguem comigo... De manhãzinha saio e vou procurar carona, e se não encontrar, pago um ônibus até Floripa..." Estava lá, usando a cadeira da família, e a cobertura da calçada também, quando chegam os donos da casa. 'Desculpa, blablabla...' Fui embora, até o posto policial, onde poderia pedir carona até Floripa.. Caminhei uns 500metros e cheguei no posto policial, que não tinha ninguém! Começou a chover, e eu não estava achando a menor graça nisso tudo.
Tinha uma galera fazendo festa numa casa do outro lado da rodovia. Fui lá 'oi, então, to perdida, posso passar a noite aqui..?' Eles deixaram, estavam fazendo um churrasco.. Com FEIJÃO! Depois de mil anos sem comer arroz e feijão, comi uma comida deliciosa de gaúchos! Carne e linguiça e arroz e feijão! Dormi tranquilamente e quando acordei, as 7am por aí, despedi-me de todos, agradeci a acolhida e fui pedir carona. Depois de muito tempo, um garoto e sua mãe pararam. Fui com eles até Porto Alegre! Uma mão e tanto!!
De POA, comprei uma passagem de ônibus até Floripa, as 23h. Fiquei o dia inteiro caminhando pela chuvosa Porto Alegre. Um dia cu. Dormi a viagem inteira até Floripa.
Ao chegar em Floripa, pensei que era melhor eu voltar pra Baln. Camboriú para ficar alguns dias com minha irmã. E aí acabou a aventura da minha viagem.
Depois disso estive na casa do papis da minha irmã, nos divertimos, encontrei um amigo várias vezes. Fui pra Floripa, encontrei outro amigo, em sua casa. Tinha uma casa só pra mim! E, no meu aniversário, bebemos, muito. Me apaixonei por algumas horas. Conheci e quase fiz parte da família do meu amigo. e Fui embora pra Curitiba...
Aí eu encontrei um amor antigo. E meu coração quase saiu pela boca muitas vezes. As vezes nós devemos deixar um amor antigo no passado, acho que assim, sempre teria uma sensação de fantasia, seilá. Quando a gente cresce os amores vão sendo cada vez mais reais, e todas as histórias de amor são mais difíceis.
Bom, to indo no cinema com meus priminhos, vamos assistir Encantada. Outro dia eu continuo sobre amores antigos.
Dia 9-
Lá eu cheguei a 1am. Tinha que voltar a aduana para fazer a saída do Uruguai. Encontrei uma galera super legal, que me acolheram, perguntaram se eu queria dormir e tomar banho na sua casa, ficaram comigo todo o dia, fizeram comida pra mim... Umas pessoas super legais! O que me deixou chocada foi o homem da casa, que sempre dizia pra mim "viajou por tantos lugares, parou agora na casa de um pobre!" Eram, realmente, uns pobres coitados... Mas, eram de uma riqueza de espírito, de bondade e todas as boas qualidades desse mundo, que me fazia doer o peito deixá-los ali tão abandonados...
A tarde fui até a próxima cidade de ônibus, Santa Vitória de Algumacoisa (ou algo assim). Não tinha mais ônibus pra nenhum outro lugar.. Fiquei até a noite pedindo carona (queria ir pra Florianópolis) mas, ninguém parava! Uma pessoa passou mais devagar só pra mulher do cara gritar "Vai pagar um ônibus!!". Orra, pra quê ser assim? Tipo, não quer dar carona, beleza, não precisa ofender! Eu me senti ofendida! Mas, daquele fim de mundo não saía ônibus pra lugar nenhum! O que eu poderia fazer??
Começou a chover, e eu na rua. Perto de onde eu estava, havia uma casa com a luz acesa e a televisão ligada. Chamei, ninguém atendeu. Pensei: "vou ficar por aqui mesmo, aqui, na calçada, pelomenos me protejo da chuva! E se alguém chegar, espero que não briguem comigo... De manhãzinha saio e vou procurar carona, e se não encontrar, pago um ônibus até Floripa..." Estava lá, usando a cadeira da família, e a cobertura da calçada também, quando chegam os donos da casa. 'Desculpa, blablabla...' Fui embora, até o posto policial, onde poderia pedir carona até Floripa.. Caminhei uns 500metros e cheguei no posto policial, que não tinha ninguém! Começou a chover, e eu não estava achando a menor graça nisso tudo.
Tinha uma galera fazendo festa numa casa do outro lado da rodovia. Fui lá 'oi, então, to perdida, posso passar a noite aqui..?' Eles deixaram, estavam fazendo um churrasco.. Com FEIJÃO! Depois de mil anos sem comer arroz e feijão, comi uma comida deliciosa de gaúchos! Carne e linguiça e arroz e feijão! Dormi tranquilamente e quando acordei, as 7am por aí, despedi-me de todos, agradeci a acolhida e fui pedir carona. Depois de muito tempo, um garoto e sua mãe pararam. Fui com eles até Porto Alegre! Uma mão e tanto!!
De POA, comprei uma passagem de ônibus até Floripa, as 23h. Fiquei o dia inteiro caminhando pela chuvosa Porto Alegre. Um dia cu. Dormi a viagem inteira até Floripa.
Ao chegar em Floripa, pensei que era melhor eu voltar pra Baln. Camboriú para ficar alguns dias com minha irmã. E aí acabou a aventura da minha viagem.
Depois disso estive na casa do papis da minha irmã, nos divertimos, encontrei um amigo várias vezes. Fui pra Floripa, encontrei outro amigo, em sua casa. Tinha uma casa só pra mim! E, no meu aniversário, bebemos, muito. Me apaixonei por algumas horas. Conheci e quase fiz parte da família do meu amigo. e Fui embora pra Curitiba...
Aí eu encontrei um amor antigo. E meu coração quase saiu pela boca muitas vezes. As vezes nós devemos deixar um amor antigo no passado, acho que assim, sempre teria uma sensação de fantasia, seilá. Quando a gente cresce os amores vão sendo cada vez mais reais, e todas as histórias de amor são mais difíceis.
Bom, to indo no cinema com meus priminhos, vamos assistir Encantada. Outro dia eu continuo sobre amores antigos.
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E o seu dia, como está indo?